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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A vida no sertão: o carro de boi e sua procissão









João Neto Felix Mendes


Santanense. Bancário aposentado, pesquisador fotográfico da cidade, músico e cronista. Graduado em Administração pela Universidade Federal de Alagoas. Membro da Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes – Santana do Ipanema AL. É autor do conto Quatro Mortes e Nenhum Funeral e Histórias Engraçadas: O Acordo, O Imprevisto e Pessoa Sem Confiança, À Sombra do Umbuzeiro, Casos e Loas, São Paulo, Gráfica Epitaciana, 2006. Na Tarde das Rosas Vermelhas, Histórias Engraçadas; Tito Aboiador, Seu Liô e a Festa do Jorge, À Sombra do Juazeiro, Casos e Loas, São Paulo, Gráfica Epitaciana, 2008. Homens e Meninos, À Procura da Felicidade, O Visitante Ilustre, À Sombra da Quixabeira, Casos e Loas, São Paulo, Gráfica Epitaciana, 2010. Várias obras publicadas no Portal Maltanet, Santana do Ipanema: www.maltanet.com.br


PROCISSÃO DOS CARREIROS INICIA FESTEJOS À PADROEIRA DOS SANTANENSES

João Neto Félix Mendes





            
Todos os anos a procissão de carros de bois dos agricultores sertanejos de Santana do Ipanema, faz a abertura oficial dos festejos da padroeira Senhora Santana. A religiosidade é representada pelos instrumentos de trabalho, família e fé. “Procissão” provém do latim “procedere”, que significa seguir em frente, marchar. É grupo organizado de pessoas caminhando de maneira formal. Marcha solene pelas ruas da cidade, carregando imagens, entoando cânticos e orações. Esse ritual, segundo a crença, torna as pessoas e os lugares abençoados. Como rebanho que segue seu pastor e nele confia seu destino, assim o povo de Deus caminha lado a lado, dividindo as dificuldades do existir, mas certos de que a Graça Divina basta e mais nada. Esse gesto simbólico secular presente no inconsciente coletivo revela que somente a convivência solidária e participativa entre os irmãos, seguindo o itinerário de fé, conduz ao encontro de si mesmo, dos irmãos e de Deus, por intercessão de Senhora Santana, Excelsa Padroeira dos Santanenses.
            Segundo estudos consagrados por diversos pesquisadores santanenses, o povoamento da cidade está essencialmente relacionado à atividade missionária católica desde o final do século XVIII. O povoado nasceu em torno de uma Capela à Senhora Santana que o Padre Francisco Correia construiu na fazenda do sertanista Martinho Rodrigues Gaia. A Festa religiosa acontece no mês de julho, no período de 16 a 26.07, sendo feriado municipal no dia 26.07, dia da padroeira e dia do avô. Afinal, São Joaquim e Santa Ana são os pais de Maria, portanto, avós de Jesus. O nome primitivo da cidade foi Santa Ana da Ribeira de Ipanema, depois se adotando a forma simplificada Sant’Ana do Ipanema.
        
   
 O uso ancestral de carro de bois pelos sertanejos é uma tradição da época do Brasil Colônia. O rudimentar veículo ainda hoje é utilizado para transporte da produção, para o deslocamento na zona rural e também para ir à feira na cidade vender ou comprar alguma coisa. Na época de plantio de milho e feijão, os bois são utilizados para puxar o arado de tração animal e arar a terra. Segundo o historiador Santanense Profº Clerisvaldo Chagas, autor de diversos trabalhos sobre o tema, “o arcaico meio de transporte, a despeito do modernismo dos tempos atuais, continua em voga, prestando relevantes serviços ao homem do campo. Em Santana do Ipanema, o veículo foi e continua amplamente utilizado, destacando o Município como “Terra dos Carros de Bois” em tempos passados.
            Constam registros fotográficos os carros de bois estacionados nas feiras nas proximidades na Usina de Beneficiamento de Algodão, à Rua Ministro José Américo, portanto no centro da cidade, em meio aos transeuntes.  Certamente deve ter transportado produtos do campo para venda na feira, numa rua de intenso burburinho e muita interação entre pessoas, contudo também próximo de passagem para saída, se preciso. Em outra foto, vários carros enfileirados atravessam o leito seco do Rio Ipanema em direção ao centro da cidade transportando suas cargas para venda, numa época em que ainda não havia pontes sobre o Rio Ipanema.Esses veículos foram muito importantes no passado, sempre úteis na opção de carregar mercadorias pesadas de todos os tipos e transporte de pessoas para os mais diversos eventos: novenas, feiras, festas ou viagens curtas ou longas. Do interior levavam para os portos fluviais ou marítimos diversos produtos: Cereais, queijos, carnes, couros e peles, fazendo o caminho de volta para os sertões trazendo ferramentas, tecidos e produtos industrializados”.
 Diz ainda o Professor, que desde o tempo de Vila que Santana do Ipanema possuía calçamento de granito bruto no comércio e em algumas ruas. Ao substituir o calçamento pelo esquadrejado paralelepípedo, o Prefeito Ulisses Silva (1961/1965), proibiu a circulação de carros de bois pelas ruas do comércio. Foi assim que o novo carreiro criou o carro de boi com rodas de pneu, pois o aro de ferro prejudicaria o novo tipo de calçamento. Mesmo com o impedimento de circulação no centro da cidade, o uso do veículo pelos produtores rurais continuou intensamente, por se tratar de veículo de carga compatível com o poder econômico dos ruralistas”. Em muitos momentos, comprova-se a concentração de carros de bois estacionados nas areias do Rio Ipanema nos dias de feira, antigamente. Há registros fotográficos dessa movimentação social e constam de livros históricos, como por exemplo; “Santana do Ipanema Conta sua História”, pg.80, de Floro e Darci de Araújo Melo.


Ainda existem fabriquetas de carros como antigamente e muitos artesãos continuam demonstrando habilidade e perícia na fabricação dos veículos, motivados pelos diversos movimentos que estimulam a continuidade da produção, tais como: Procissão de carros, concursos, encontros e outras manifestações de apreço que procuram manter viva a tradição no médio e alto sertão de Alagoas. Fabricar esses carros é coisa de mestre com muitos anos de dedicação ao ofício.  Inclusive, exemplos de como essa cultura permanece viva no imaginário das pessoas é a reprodução da figura do carro de boi nas artes. Artesãos santanenses produzem miniaturas; sejam de madeira, barro ou de ferro e vendem como souvenir. Artista plástico, escritores e cordelistas também produzem trabalhos ilustrando e decantando a vida interiorana e o uso cotidiano do carro de boi.
            “O carro é composto por duas rodas, mesa de madeira e um eixo. As rodas são feitas de madeira de boa qualidade, com um anel de ferro de forma circular nas extremidades, para garantir maior resistência. Primitivamente, o carro não era ferrado e as pessoas diziam que “o carro andava na madeira”. A grade possui cerca de três metros de comprimento por um e meio de largura, com duas peças mais resistentes de cada lado e uma terceira no meio, mais  comprida, destinada a atrelar o carro à canga, uma peça, também de madeira, com mais ou menos um metro de comprimento, contendo um corte anatômico para assentar bem no pescoço do boi, sendo segura por uma correia de couro chamada de brocha. A grade é apoiada sobre um eixo. O ponto de apoio da grade sobre o eixo são duas peças de madeira chamadas cocões. O chiado ou cantiga característica do carro de boi é produzido pelo atrito do cocão sobre o eixo”.


Segundo, ainda, o historiador Profº Clerisvaldo, “eis as partes da anatomia de um carro de boi: (*registrado o nome popular da árvore que fornecerá madeira para a fabricação da parte descrita).  Existem diferenças na apresentação do carro de boi da Zona da Mata e do Sertão, dentro do mesmo estado e outras diferenças entre carros de bois de estados diferentes. A essência, entretanto, é a mesma.
Peças do Carro de Boi em ordem alfabética:
1-Cabeçalho (*de Aroeira), parte de madeira quadrada e longa do carro que fica entre os bois traseiros para ser puxados por eles;
2-Cantadeiras (*de Craibeira), duas partes de eixo, mais escavadas, que ficam abaixo das chedas. Uma em cada extremidade do eixo. O atrito das cantadeiras com os cocões produz o chiado singular, o cantar do carro de boi;
3-Chedas (*de Baraúna), são partes laterais da mesa do carro, no leito, onde se tem encaixes dos fueiros;
4-Cocões (*de Bom nome), cada um das peças de madeira na qual faz girar o eixo do carro de boi. É uma espécie de presilha. Ficam por baixo das chedas, duas de cada lado do eixo;
5-Costelas,  encaixes das partes da roda, três pranchas que formam a roda;
6-Cunha, para as cabeças do eixo;
7-Eixo (* de Baraúna de charco, ou Angico ou Aroeira bem madura), peça que faz a roda girar;
8-Ferro (ferrar o carro); da mesa: vergalhão para amarrar as tábuas da mesa;
9-Forras ou rilheira, suportes que atravessam transversalmente o cabeçalho, sobre os quais se apoiam as tábuas da mesa;
10-Fueiros (*de Pereiro), várias peças, cacetes, roliços e brutos que predem a carga ao carro;
11-Mesa (*de Craibeira), superfície onde se coloca a carga;
12-Palmatória, são as duas partes da frente da mesa, uma a cada lado do cabeçalho. O carreiro costuma guiar os bois, sentado na palmatória, às vezes;
13-Repuxo,  espécie de reforço raiado para reforçar a roda;
14-Requevém, são dois. Saliência na traseira da mesa;
15-Rodas (*de Craibeira ou Jacarandá), colocadas internamente nas pranchas por furos retangulares, estas fixadas por grampos e chapas de ferro. A circunferência é coberta com chapa de aço fixada à madeira com grampos de aço cuja forma arredondada deixa um rastro característico. Outras medidas de carro de boi: 12 palmos de comprimento, 06 palmos de largura e 06 palmos de roda”.
            Acessórios do Carro de Boi: 1. Azeite (de mamona), para azeitar o eixo, as cantadeiras. 2. Isope (hissope), chumaço num cambito para azeitar o eixo. 3.Ponta, que pendurada ao fueiro traseiro por uma correia serve de depósito para conduzir o azeite e o hissope.

            Arreios dos bois

1. Broxa, correia de couro cru, curtido e torcido que une um canzil a outro, passando por baixo do pescoço do boi.
2. Cambão, peça de madeira que liga as parelhas de trás as da frente.
3. Canga (*de Craibeira e Braúna), peça que se prende ao cabeçalho ou ao cambão e colocada sobre o pescoço do boi.
4. Canzil (*de Bom nome e Pereiro), cada um dos 04 paus da canga, colocados de cima para baixo, entre os quais o boi mete o pescoço, entre dois deles. Plural: canzis.
5. Chave (*de Bom nome), peça que prende a canga ao cabeçalho + correia de couro cru.
6. Correia de ponta, peça para unir as pontas furadas de cada parelha.
7. Corrente, parte que complementa o cambão, às vezes é de corda.
8. Látego, parte do arreio que sustenta o sininho, muito usado nas parelhas da frente.
9. Sininhos, pendurados nos látegos e que servem de advertência de aproximação do carro de boi ou simples enfeites.
10. Tamboeiro (ou Tamboeira), correia de couro cru, curtido e torcido que prende a chave do cabeçalho ou cambão à canga.
11.  Trela, peça de sola que, na cara do boi, leva os enfeites.
Acessórios do Carreiro
1. Corrião (de couro cru e cabo de madeira) – Serve para açoitar os bois e é conduzido no ombro, espécie de chicote.
2. Facão (de arrasto ou rabo de galo) – Objeto cortante robusto para trabalhar em diferentes tarefas e ocasiões durante as viagens.
3. Vara de ferrão (de Quixabeira, assada ao fogo, na caieira) – Serve para conduzir, guiar e castigar os bois.
Tolda
1. Tolda (de esteira de piripiri), armação para amparar do sol e da chuva, principalmente, ao transportar pessoas.
2.  Amarração (de palha de Ouricuri), amarra-se a tolda aos fueiros.
3. Arcos da tolda (varas flexíveis de cipós ou marmeleiro), serve para arquear a tolda, por baixo, amarradas aos fueiros com a palha do coqueiro Ouricuri.
 A procissão anual dos carreiros na Festa de Senhora Santana é um evento coordenado pela Associação dos Carreiros. Segundo o agropecuarista Luiz Alves Ribeiro, um dos idealizadores do evento, afirmou que a ideia surgiu durante as festividades do I Encontro de Carros de Bois, realizado lá nos anos 2000, no Parque de Exposições Isaías Rego, em Santana. Referido encontro teve por objetivo promover a troca de experiências, intercâmbio e congraçamento entre os carreiros. No evento também acontecem competições de demonstração de força de tração entre os animais e premiação para o carro mais enfeitado, por exemplo. Na Missa de encerramento do encontro o Padre Delorizano M. da Rocha, sugeriu que fosse a Procissão de Carros de Bois, evento de abertura da Festa da Padroeira Senhora Santana. Aprovada a sugestão, no ano seguinte, o cortejo chegou a 700 participantes. Na edição de 2015, chegou-se ao incrível número de 1400 participantes.


A concentração ocorre no parque de exposições Isaías Vieira Rego, zona rural, às margens da rodovia AL 130. Percorrendo um trecho aproximado de 2km.  A romaria é liderada pelo carro de boi que transporta o pároco e a charola ornamentada com a réplica da imagem de Senhora Santana que esteve percorrendo a zona rural em novenas nas residências da região, como parte dos preparativos para a festa da padroeira. É muito comum, antes de cada período festivo, na liturgia católica, a realização de novenas nas casas das famílias que se oferecem para o rito diário com leituras, rezas e cantos. Os exemplos mais clássicos são a via sacra, no período da quaresma e as novenas natalinas, no período do advento.
            Diz o psicanalista, escritor e educador Rubem Alves “o carro de boi é guiado pelo carreiro que caminha ao lado dos bois ou sentado no próprio carro. Na mão ele tem uma vara comprida com um prego na ponta: é o ferrão. Com o ferrão ele espeta o boi que está fazendo corpo mole, ou o boi que está indo na direção errada. E os bois obedecem. É impossível não obedecer às ordens da dor. Porém, o orgulho do carreiro está na música que o carro faz. Carro de boi é instrumento musical. A madeira do eixo, girando apertada na madeira de encaixe, produz um som contínuo e melancólico, pranto de carpideira, lamento sem fim”.
 Como um maestro, a vara do carreiro se transforma em batuta e as músicas dos carros ecoam e elevam aos céus a sinfonia pranteada dos seus carros, que tem cheiro e gosto da lida diária e do suor sagrado do trabalho simbolizando celebração e agradecimento. No olhar disperso de tantos homens anônimos, rostos enrugados pelas marcas do tempo revelam o esforço repetitivo e incansável de desvendar os segredos da terra e dos mistérios contidos no singular exercício de cultivar e cuidar dos seus animais. Nas linhas quase escondidas das mãos calejadas desses bravos guerreiros estão escritas histórias de gente simples que nunca se cansa de esperar por tempos mais favoráveis.
A beleza visual antagônica da marcha religiosa dos rudimentares carros disciplinarmente enfileirados na negritude asfáltica da rodovia AL 130, esbanjam rusticidade, mistura de passado e presente, ritual repleto de significados. Cada carreiro leva, no seu veículo, sua família, parentes e amigos nesse simbólico gesto de preservação de costumes de outrora. Quando chegam as imediações da cidade, nas proximidades do Serrote Micro-ondas, descortina-se paisagem extasiante da cidade abraçada pelos montes que a circundam. É como se a natureza, providencialmente, estivesse abraçando e protegendo o povo do lugar. Ao chegarem à cidade, dirigem-se ao Largo Cônego José Bulhões onde a multidão aguarda a chegada e estacionamento dos carros para início da Santa Missa à Padroeira Senhora Santana. Sobre a carroceira de um caminhão se instala um altar provisório aonde o pároco conduz o ato religioso.


Ao final da Missa saudações calorosas e eufóricas são feitas aos carreiros e à Padroeira. Depois de abençoados, encerra-se o encontro e se inicia a dispersão com o cortejo de volta ao local inicial. Aos poucos, todos retornam aos seus lugares, à labuta diária da bucólica vida rural. Ali, longe dos olhares citadinos, famílias não param, continuam com afinco seus afazeres. A simbiose dos homens rurais com os carros de bois é digna de admiração e continuará fortalecida nas relações socioeconômicas, além de permanecer no imaginário afetivo das cidades interioranas, fato que não se pode prescindir de jeito nenhum, pois a despeito do progresso em que vivemos, a sociedade ainda carrega a marca indelével das coisas simples da existência, do modo de viver e dos símbolos que fortalecem o elo que parece que se perdeu no caminho da evolução. Somente parece.
A Festa da Padroeira é momento especial de reflexão e oração na comunidade paroquial onde acontece e cada vez mais, procura inserir em seus rituais elementos do cotidiano do povo, destacando sua importância na espiritualidade. Durante nove noites vários temas são apresentados para meditação e cada dia há um padre convidado para presidir a novena. A primeira parte da missa reza-se cantando a Ladainha de Nossa Senhora com muito fervor, exclusivamente no período da novena. Depois, prossegue-se a missa como de costume. Poucos lugares ainda mantém esse ritual litúrgico. Encerrando o culto, os santanenses cantam emocionados e em uníssono o hino em louvor à Padroeira, invocando bênçãos e graças mil sobre os sertões. No ano de 2016 comemorou-se 180 anos da criação canônica da Paróquia. No dia da padroeira, pela manhã, reza-se a missa solene, concelebrada pelo Bispo Diocesano, Padre anfitrião e outros Párocos convidados. À tarde, milhares de fiéis participam da procissão percorrendo várias ruas da cidade. Ao final do cortejo, encerram-se as comemorações na Praça da Matriz.
A discussão do tema Procissão de Carros de Bois na Procissão de Senhora Santana tem suscitado pesquisas tanto no meio popular e artístico, quanto no meio acadêmico. Tanto é que discentes do curso de Economia da UFAL da unidade de Santana do Ipanema tiverem trabalhos aprovados na 18ª Conferência Brasileira da Folkcomunicação realizada em maio/2017 em Recife, reunindo pesquisadores de vários Países. Este ano, o tema foi Folkcomunicação, cidadania e inclusão social no contexto das rurbanidades. As pesquisas sobre o potencial político emancipatório das manifestações populares foram apresentadas por discentes e abordadas em palestras de professores convidados. Os trabalhos apresentados pelos graduandos da UFAL abordaram temas ligados às manifestações folk na procissão de carros de boi, na festa de Senhora Sant'Ana, em Santana do Ipanema, dentre outros, conforme noticiado pela Universidade.



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