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quarta-feira, 22 de junho de 2016

As músicas de minha mãe (I) A história de uma triste praiera


le canzoni di mia madre (IT) La storia di un triste praiera
Les chansons de ma mère (IT) L'histoire d'un triste praiera
canciones de mi madre (IT) La historia de una triste praiera 
my mother's songs (It) The story of a sad praiera

Naquele tempo, quase toda a casa de classe média, tinha um quarto de costura; era a época das costureiras e das modistas. As costureiras eram mais modestas e as modistas eram para as madames do lugar. A minha avó Dondon havia sustentado a casa, basicamente, com sua máquina de costura e as filhas desenvolveram intensa habilidade. Minha mãe era uma artista do bordado; havia uma mesa grande na varanda da casa da rua da Penha em Penedo, onde ela fazia o risco, concebendo ou copiando de algumas publicações como o Jornal das Moças. Engraçado, mantive a coleção do Jornal das Moças e ainda tenho a velha máquina Singer, sua companheira, comprada a prestação na idosa Quebrangulo.
 Ela sentava para costurar ou bordar, atividades que exigem uma grande concentração. Vez em quando, sua voz mirrada e doce varava a casa, enquanto bordava um anjo, um morango e coisa e tal. Guardo na lembrança, inúmeras das músicas que gostava de cantar, a maioria ao estilo modinha e de toque dolente como a história da praieira cujo sofrimento maareja os olhos de qualquer um. O amor e a traição na poesia são fortes e a imagem de um jangadeiro que voltava para outro fazia qualquer um suspirar. Claro que eu não entendia o drama humano, mas pelo tom de voz eu sabia que era muito triste.




















A história de uma triste praiera

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