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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

II Guerra mundial: os pracinhas das Alagoas (II)

Este material foi publicado em Campus, suplemento do jornal O Dia, Maceió, Alagoas


Professor Sérgio Lima da rede municipal de Maceió e Mestre em História pela Universidade Federal de Alagoas


Dois dedos de prosa

O professor Sérgio de Lima terminou de defender sua dissertação de Mestrado na Universidade Federal de Alagoas, orientado pela professora  doutora  Ana Paula Palamartchuk a quem devo desculpas por não ter mencionado seu nome como orientadora do Gustavo em sua dissertação sobre o integralismo. Apesar de ter sido por mero e raro esquecimento – sempre menciono o nome do orientador – acho que devo apresentar minhas desculpas.

Sérgio havia preparado esta matéria para Campus, antes de sua defesa. E decidimos priorizar a fala dos Pracinhas, desdobrando o texto em duas partes e, na primeira, colocando dois comentários introdutórios: um dele e outro meu. Neste número, somente teremos as entrevistas pelo Professor Sérgio.

Trata-se de um jovem talento que deve buscar seu doutorado.

Vamos ler.
Luiz Sávio de Almeida

ULISSES FIRMINO DE OLIVEIRA[i]





Meu nome é Ulisses Firmino de Oliveira, tenho 95 e faço aniversário no dia 15 de outubro. Sou morador de Delmiro Gouveia, município de Alagoas. Assim como meus pais, nasci e me criei nesta cidade. Sou um homem de pouca escolaridade. Tive contato com a escola, mas meu estudo foi muito pouco, eu não vou mentir. E agora está com dois anos que nem o nome eu posso assinar mais [ii].
Fui convocado pelo Exército em 1942, ainda muito jovem. Nós fomos para Maceió, num caminhão “veio”. O dono tinha colocado correntes, mas os “cabra” já tudo envenenado (tinham consumido bebida alcoólica). Não estou muito lembrado do negão, que disse “olha, vocês desçam e vão empurrar o carro”. Aí eu disse: “pera aí, nós somos calunga de caminhão?”. Isso, dentro de Mata Grande. Ele se enfezou, nós ficamos lá. Passamos a noite em Mata Grande, logo dia de feira... Menino! foi um sofrimento. De Mata Grande, o motorista disse e o tenente falou “olha não vou levar ninguém mais para Maceió, não. Bagunçaram aí, não todos, mas bagunçaram bastante”. Mas, acabaram levando o pessoal.
Quem entregava as cartas de convocação era o prefeito de Água Branca.  No meu caso eu tive que buscá-la na perna, quer dizer tive que andar até um caminhão que iria nos transportar até Água Branca.  Aqui era ruim de carro, quase não existia. Naquele dia fui eu e um amigo chamado Quichabera, que estava bebo como um cachorro (risos). Eu era novo, não tinha filhos e era solteiro ainda. Mas tiveram outros que assim como eu e meu amigo tiveram que buscar as cartas. Home! O caminhão foi cheio. Teve o caso do finado João Gomes, que estava com o pé machucado e que teve que voltar. Ele era agricultor, e a roda do carro de boi passou no pé dele. Além deles outros tiveram que ser dispensados, como o Palmeira, que também era agricultor. Muitos dos que foram eram pobres. Eram operários, outros agricultores. Como diz a história, eram “pé-no-chão”.
Mesmo assim, com todas essas dificuldades acabei me apresentando ao 3º Batalhão, no quartel 29, no Rio Grande do Norte. Neste batalhão eu acabei ficando por muito tempo. O compadre Rosalvo[iii] veio para o Batalhão de engenho, não sei... E os outros foram com o General Cordeiro de Farias e Mascarenhas de Moraes, de navio para a Itália. Eu também acabei indo.
A viagem para a Itália foi muito complicada. Muito nego enjoou. Por conta disso, eu não quis nem comer.  Mas, antes da tropa embarcar, houve uma parada em Recife. Quando chegou lá não tinha vaga, nem na Paraíba, nem nada. Aí veio um capitão que deu um sinal, ou telefonou, não sei o que... nós saímos marchando, a pé, para o quartel 29. Dormi em rede, tinha “nego” que chiava (risos). Eita diabo! Tinha um César, do Rio de Janeiro, menino! Esse era o cão.
Ainda sobre esse primeiro momento de preparação, antes do embarque para a Itália, passamos seis meses nas praias do Rio Grande do Norte treinando. Tinham aqueles “canhãozão de concha”, 150 mm, entre outras armas. O quartel dos convocados ainda não estava pronto. De manhã bem cedo a banda de música tocava. Os maus elementos ficavam tudo atrás, pelo fato dos oficiais terem raiva deles. Quando ele dizia “bom dia meu regimento”. Tinha cabra que dizia: “bom dia corno”. Outro falava: “fi dessa, fi daquela outra”. Eu sei que ele ficava vermelho. Mas, por sinal, nesse dia o sargento acabou testando o grupo. Estava lá perto, em uns treinos de tiro. Eu vinha com uns tijolos nos braços, aí ele disse: “o que você é? Aí eu falei: “um simples carregador de tijolo”. Ele ficou vermelho como a peste. Danou-se lá para o quartel e bateu a corneta.
O Sargento, chamado Nestor, comentou: “olha vão lhe expulsar”. Eu falei: “não posso fazer nada”. Ele não me deu um bom dia, lá. Eu com a mão cheia de tijolo. Tinha gesto de cabeça, mas eu não fiz. Por conta disso acabaram mandando me chamar. Tinha um cearense, era quem dirigia o jipe. Naquele tempo, não tinha tanto carro, não. Era um jipe velho, que andava pra lá e pra cá. Aí, quando eu cheguei, já tinha conversado muito e ele disse: “olha, foi mandado chamar você à minha ordenança”. O bicho ficou vermelho que só a peste, mesmo assim falei com ele: “olha, eu nunca fui vaqueiro, nunca lavei cavalo e nem arrumei cama pra mulher, ou pra homem”. Aí foi que ele ficou vermelho mesmo e me mandou sair.
Existiram outros momentos em que os superiores se revoltavam com nossas atitudes. Teve um em que um Coronel que esqueci o nome, marchando com a tropa, ficou envergonhado com a atitude de algumas mulheres que tiraram a blusa e mostraram os seus peitos. Os cabra não perdoaram e começaram a assoviar e a gritar. E ele muito caxias disse: ““não tem jeito, não”. Mesmo assim acabamos embarcando.
Eu cheguei a ver Cordeiro de Farias e Mascarenhas de Moraes de pertinho, em Recife. Mascarenhas de Moraes era um bichinho baixo, mas era bom. Eu já tinha visto ele em 39, quando eu fui sorteado. Tem uma história que aconteceu comigo em que me mandaram limpar um fuzil velho que nem a bixiga. Eu tentei limpar esse fuzil, mas não conseguia. Acabei me abusando, e disse: “Está prestando “im riba” não”. O Major que via tudo olhava assim, com uma cara. Aí eu falei: “nem o cão limpa ele”. Ele tava do lado do General. Aí ele pegou e jogou, assim, lá no chão. O Cordeiro de Farias disse: “não se faz isso com recruta, não”. Neste momento, ele pegou o fuzil olhou e disse: “Isso aqui só se for no fogo ou na broca”. Depois de algum tempo ele mandou me chamar e falou “viu o que ele (Cordeiro de Farias) falou com você?” Aí eu retruquei: “eu não tenho culpa. Que culpa tenho eu?” Mas também com poucos dias ele foi transferido, num sei para onde (risos). No lugar dele chegou um Coronel bom que danado.
Mas, passado esses momentos, tivemos que seguir viagem para a Itália. Chegando lá a gente foi colocado na divisão dos EUA, num batalhão com várias fileiras. Houve uma história engraçada, que acabei de me lembrar (risos). Bem cedinho, naquele nervoso doido, eles davam dois dedos assim de uma bebida que eu não sabia nem o que era. Eu dizia “bota isso pra lá, que eu não bebo”. Nunca bebi e nunca fumei.
Não tive muito contato com o povo italiano. Apenas conheci algumas mulheres, sendo que as situações que envolviam as italianas me lembro pouco, como por exemplo, o dia em que elas com raiva das atitudes de alguns soldados ficaram em fila na nossa frente. Soldado não liga para nada mesmo.
Tinha italiana bonita e tinham as feias. Certo dia eu estava cantando e uma delas perguntou: “quem é bigode, aqui?” “é aquele cara ali”. Lá vem ela conversar comigo (risos). Aí conversamos um pouco, e ela disse: “olha, você pode dar uma voltinha por aqui de noite?” “Homi !”, se eu não sair de patrulha... Quase todos os dias tinha que sair para patrulhar. Mas não saía sozinho. Alguns soldados iam comigo.
Fiquei na Itália por quase três anos. Participei do combate ao Monte castelo. Eu fui até o Monte Castelo. Fui não, me levaram. Por que por minha vontade eu não iria, não (risos). Tinha uma metralhadora inimiga “da peste”, em cima da gente. E naquela confusão toda, lá estava eu. Muito brasileiro morreu naquele combate. Muitos soldados e alguns aviões davam cobertura aos médicos e aos enfermeiros. Aquele que não tinha condições ficava gemendo até morrer. Agora, aquele que tinha condições eles levavam.
Apesar do treinamento que tivemos, o Exército brasileiro daquela época estava preparado apulso. Batia muita saudade de casa e quem estava num inferno daquele não saia porque não podia. Até a comida era suspeita. Por isso nem tudo que eu via eu comia. Vi soldados alemães, mas o principal inimigo não pudemos capturar, que era o seu chefe principal: o Hitler. Esse era esperto. Mas, ele morreu e com o fim da guerra, pouco tempo depois, voltei para o Brasil. Voltei direto para o Rio Grande do Norte.
Não cheguei a seguir carreira no Exército. Recebo uma aposentadoria como Segundo Tenente. Aliás, aposentadoria não, esmola. Sendo que não posso negar que me serve. Tanto é assim, que olhando para traz posso dizer que valeu apena. Valeu, por que eu ganhava um salário vagabundo, menor ainda do que eu recebo hoje.
Essa aposentadoria que recebo foi muito difícil conseguir. Precisei dar várias viagens atrás desse meu direito. Dona Vitória dizia “mas seu Ulisses vá falar agora com Collor”. Eu dizia: “quantos tenentes não queriam que eu fosse embora daqui, quantos não queriam que eu tirasse outros papéis?”. Eu disse, não. Por que eu tinha feito na associação dos Ex-Combatentes, da qual faço parte.
Eu ganhava uma porcaria, trabalhando na roça, rancando toco e coisa e tal, agora o que ganho melhorou um pouquinho. Não me lembro de tudo que vivi naquela época. Não tirei foto daqueles anos na Itália. Depois que fiquei surdo, infelizmente eu me esqueci de muita coisa.
  
     
JOAQUIM BALBINO DOS SANTOS[iv]


Meu nome é Joaquim Balbino dos Santos, nasci em 1918, sou alagoano de Anadia, um município pequeno aonde eu e minha família fomos criados. Minha escolaridade é pouca, mas graças à Deus sei ler e escrever direitinho. Frequentei a escola apenas no início. Não tenho nenhuma formação escolar. Quando jovem trabalhava numa companhia de bonde em Maceió. Era condutor de bonde. Eu era aquele rapaz que cobrava o dinheiro das pessoas. Foi mais ou menos nessa época que acabei sendo convocado para prestar serviços ao Exército brasileiro.
Eu me lembro muito bem do momento da minha convocação. De início, eu recebi uma notificação dizendo para me apresentar. Era bem moço, tinha ainda pai e mãe. Meu pai morreu muito sedo, mas na época da convocação eles ainda estavam vivos. Com a sua morte quem deu uma força para minha família foram meus irmãos. Um deles acabou sendo convocado também junto comigo.

Eu fui designado para ir para as praias, para ficar no litoral. Naquelas praias das barras, aonde podiam entrar o adversário. Barra de Santo Antônio, por exemplo. Fiquei por aqui mesmo, não fui obrigado a ir nem para Natal, nem para Recife, mas muitas outras pessoas acabaram indo não só para esses pontos da costa brasileira, como também para a Itália, na Europa. Eu fiquei de 1942, quando fui convocado, até 1945, patrulhando o litoral contra possíveis ataques do inimigo, no caso, os alemães. 
Ficamos naqueles “bicos-de-praia” por três anos, vigiando aquelas entradas que davam acesso às cidades. Antes um pouquinho de isso acontecer eu já estava morando aqui em Maceió e havia algumas diferenças da cidade de antes para a de agora. Acho que naquela época era melhor para viver do que hoje em dia. No entanto, vivíamos num mundo cão, sabe? Ninguém gostava de ninguém, não. Hoje em dia, vivemos num mundo difícil, mas as pessoas têm mais reconhecimento com os outros. 
Durante a guerra, nós sabíamos de tudo que estava acontecendo. Tinha um noticiário, num sabe? Aqui se sabia de tudo, principalmente nós, ex-combatentes, que tínhamos responsabilidade por esta localidade. Nós éramos os responsáveis por aquelas bases na Barra de Santo Antônio, aonde foi instaurada uma companhia. Passamos lá uma porção de tempo, sem abusos, tranquilos.
Nunca tive medo de ser designado para ir lutar na Itália. Quer dizer, naquele tempo eu era muito moço e não tinha medo de nada, não. Eu cheguei até uma vez a ver o pessoal chorando porque havia sido transferido para viajar. Era um rapaz. Isso acabou aperreando a mãe dele, né? Eu pedi para me colocar no lugar do rapaz. Aí, o tenente disse: “Você não faça isso não, porque o tratamento de lá não é igual ao daqui, não”. Naquele tempo eu era cabo, num sabe? Era cabo de fileira.
Então se me mandassem para o Teatro de Operações italiano eu iria na hora. Eu não tinha medo, mas muitos outros tinham. As notícias que chegam sobre a guerra não eram nada boas. Tinham uns companheiros que já estavam se acabando. Naquele tempo era moço, disposto. Esses “cabras” meio banda voou, que não tem medo de nada. Eu era meio desmantelado naquela época.
Eu me lembro de que o povo tinha muito medo, né? O povo em geral tinha muito medo dos ex-combatentes. Achavam que os ex-combatentes eram guerreiros, fortes, diferentes, e o povo tinha medo, mas a gente não queria demonstrar isso, não. Não queríamos passar medo, não. Eu reparava isso quando andava pelas ruas da cidade. O povo já olhava cismado. 
Nosso comandante era Coronel Amilton de Freitas Rolim, um homem bom que todos os soldados gostavam. Eu era diferente dos outros. Porque eu era diferente me mandavam fazer as coisas: “mande o Cabo Balbino”. Eu era Cabo naquela época. “Mande o Cabo Balbino, ele não perde viagem não”. Aí mandavam me chamar: “tem um trabalho para você”. Aí eu respondia: “Se tiver ao meu alcance eu atendo agora”. “Vai buscar um soldado que estava desesperado, fazendo absurdos”, aí eu ia.
O principal é que o Brasil não estava preparado e essa é a verdade. Aparentemente o Brasil estava preparado, mas na realidade eu acho que não. Faltava muito ainda. Os alemães, nossos inimigos, era um povo assim sem vida, sem noção. Uma espécie de bandido. Naquela época os alemães eram uma espécie de bandidos. Não sei como as pessoas chegaram a botar o alemão na lista de amizade. Eles não mereciam, não. Por isso que a minha vontade era só de matar.
Nós que participamos, merecíamos o que talvez eles nunca pensaram em nos dá. Já imaginou pegar um fuzil e brigar com o adversário? Naquela época o adversário eram os alemães e que hoje nós nos damos com ele, como amigos. Coisa que nunca devia acontecer, por que eles foram uma espécie de carrascos, entendeu?
Tinha muita notícia de morte. Eu conheci gente que morreu lá. Conheci gente que foi convocado quando eu fui. Viajou para a Itália, mas não voltou. Como exemplo disso, teve o Cabo Olivar Barbosa Vila Nova, morto na Itália. A família que ficava aqui ficava desesperada. A família dos mortos recebia um dinheiro, mas não se conformava, não. Tudo moço, morrendo. Vinte anos, vinte e poucos. Os mais velhos não chegavam a ter mais de vinte e cinco anos.
Ali, naquela época, vou lhe dizer uma coisa, o cara tinha que ter coragem de qualquer jeito. Ninguém podia se acovardar, não. Tinha que ter coragem de qualquer jeito. O tempo era perigoso, pesado, todo mundo tinha cuidado com a vida.
Olhando para traz e fazendo um balanço, eu acho que houve um certo reconhecimento por parte da população em relação a nossa importância na Segunda Guerra Mundial. Mas tiveram algumas pessoas que acharam que não foram reconhecidas. Eu noto que cada um quer para si. Acham que deveria ser tudo para eles. A gente tem o espírito diferente do dos outros. Algumas pessoas querem de mais. Eu, graças a Deus, não sofri nada na guerra. Eu fui um alvo de respeito. Participei até dos blekauts que aconteceram no litoral alagoano. Isso tinha o objetivo de dificultar a visão dos inimigos em relação às praias.   
Eu fui reconhecido, né? Mas, há alguém que acha que faltou reconhecimento. Eu fui convocado e fui promovido. A guerra me deu o que eu tenho hoje, por isso eu não tenho queixa da guerra. Se não tivesse tido a guerra, se não tivesse sido convocado, eu não teria o que eu tenho hoje. Hoje tenho o pão de cada dia certo, graças a Deus, para mim e para minha família.
Quando acabou a guerra ainda continuei um tempinho no Exército. Só no final é que eu fui trabalhar na companhia de bonde de Maceió. Minha patente na guerra era Cabo, quando fui transferido fui promovido a tenente. Eu recebo a minha aposentadoria como segundo tenente. Está entendendo? Atualmente faço parte da Associação de Ex-combatentes do Brasil, Seção Alagoas.  


[i] Na entrevista concedida em 14/09/2013 pelo senhor Ulisses, ficou clara a sua boa vontade de nos acolher de forma bastante respeitosa e se dispor a responder às perguntas que lhe foram direcionadas sempre com um sorriso no rosto. O pracinha de 96 anos, ex-operário e lavrador, nos proporcionou entender a sua visão do que tenha sido a guerra na Itália quando lá esteve em 1944.
[ii] Ele se refere à assinatura do depósito correspondente à sua aposentadoria. Ele a recebe no quartel de Paulo Afonso, como 2º Tenente.
[iii] Rosalvo José de Souza, outro pracinha entrevistado, que também é morador de Delmiro Gouveia.
[iv]Com o segundo tenente aposentado e ex-combatente Joaquim Balbino dos Santos, tivemos um rápido contato. Mesmo estando disposto a contribuir para estas entrevistas, a sua saúde debilitada talvez tenha sido o maior problema encontrado. Mesmo assim, acabou nos relatando as suas experiências de guerra e seu envolvimento como soldado convocado para a defesa do litoral brasileiro. Seus relatos foram colhidos em 09/03/2014, na sua residência.